Dupla de economistas da Harvard Business School diz que, mesmo com download ilegal, produção musical dobrou em sete anos.
Estudo publicado pela Harvard Business School mostra que a troca de arquivos digitais causa menos prejuízo do que se pensa e, ao contrário do senso comum, não desencoraja a criatividade. A pesquisa foi conduzida pelos economistas Felix Oberholzer-Gee e Koleman Strumpf e teve como objetivo avaliar o impacto da troca de arquivos no mundo contemporâneo.
Segundo o levantamento, a produção cultural nunca foi tão prolífica nos últimos anos. Apesar de a venda de discos ter caído desde 2000, o número de álbuns criados mais que dobrou.
Em 2000, foram lançados 35,5 mil títulos. Sete anos depois, o número de lançamentos chegou a 79,6 mil - incluindo 25,1 mil álbuns digitais. Ou seja, mesmo com o download de material protegido por direito autoral, a produção musical disparou.
O estudo também procura desmitificar alguns efeitos econômicos da troca de arquivos protegidos por direitos autorais. Por exemplo, o download de canções não representa, necessariamente, uma venda perdida e alguns remixes e mashups (músicas misturadas para compor uma terceira música) podem incentivar a venda das canções originais.
Outro ponto importante apontado pelo estudo é que a troca de arquivos pode até representar uma perda de receita a princípio, mas que é compensada com “complementos”. Os preços dos shows, afirmam os autores do estudo, subiram nos últimos anos, assim como a demanda pelas apresentações ao vivo.
Os pesquisadores concluíram que o maior acesso do público às músicas e “uma proteção mais fraca dos direitos autorais, aparentemente, beneficiaram a sociedade”.
Segundo eles, isso faz com que a violação de direitos autorais seja “ambiguamente desejável”, desde que ela não impeça a produção de novos trabalhos por parte dos artistas e empresas de entretenimento. Para ver a íntegra do estudo, clique aqui.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
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